sábado, 6 de outubro de 2012

A verdade sobre a mentira

Há um tanto de hipocrisia em cada um. Assim como um pouco de amor, ódio, malvadeza, bondade e mentira, nuns mais, noutros mais ainda, mas há!
Por que isso? Porque mentira é uma coisa muito feia. Mentir é mal. Sua mãe lhe ensinou isso desde sempre, entretanto ela vai mentir pra você e alegar que era pro seu bem. Além de tudo é extremamente paradoxal: é ruim mas é bom?  Fato, não lembro de alguma ter sido boa. 
Sem contar quando já sabemos e a pessoa vem e fabula uma história e por um minuto, aliás, por um milissegundo te convence que é verdade.
Mãe não, ela é santa e posso não ir ao céu. Já sei, seu amigo vai mentir pra você, aquele de quem menos se espera(va) - já aconteceu. Seu irmão e sua esposa também. E isso vai te fazer lembrar os ensinamentos de mamãe, e te fará sofrer mais pela falta de coragem por parte do mentiroso de dizer a verdade, do que pela mentira em si. 
-Ok, foi só um BIS, eu juro. Os outros 19 provavelmente não vieram na caixa. Você por acaso conferiu a caixa quando comprou antes de me acusar? 
Porque se esconder na mentira é o melhor disfarce de covarde que o palhaço do circo da vida pode vestir. E no final a verdade aparece sobre a mentira. Essa é a verdade sobre a mentira.
Talvez tudo isso que falei foi mentira e eu seja um hipócrita. Mentira!

domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Hoje é mais um dia comercial pra lembrar de alguém, nesse caso os pais. Claro, por que não
mostrar a eles todo dia o quanto o veneramos? Mas deixando isso de lado, penso haver um
ponto positivo nisso, é quando toda a família se reune excepcionalmente, deixando de lado
compromissos e causas adiáveis para então, estar pertinho daquele que foi o nosso primeiro
super-heroi.
Quem nunca, aos 4 anos, desenhou um super-heroi e o imaginou nele? E que nem Jaspion nem Power Rangers poderiam te salvar do monstro do armário, senão o super pai?
É, ele é super. Super babaca também. Já me deparei com cenas, que lembro terem acontecido
comigo. Dia dos índios na escola, 100 crianças todas igualmente vestidas, ou melhor,
caracterizadas, e aquele pai larga um "aquele ali é o meu filho". Ou fazê-lo vergonha por
coisas que dissemos por pura inocência.
E lembro mais de quando minha mãe nos alertava com um sonoro "quando seu pai chegar...",
só os mais sapecas saberão o peso daquelas palavras. Na escola a professora apelava em
última instância ao dizer que teria que chamar o meu pai pra uma reunião. Os dias que sucediam aquele eram os mais calmos daquela sala de aula. Quantas juras de amor escrevi, cantei, e contei ao meu pai? É, pai, o tempo voa.
Cresci um pouco mais e começaram as responsabilidades. As palavras começam a ter peso e algumas
atitudes passam a não ser mais tão toleradas. Chega a época dos castigos e das surras. Sim,
apanhar, como dizemos na capital. Perdoe-me todos os educadores, mas eu nunca fui espancado
e sou totalmente contra violência, mais ainda a infantil, a que é covarde. Mas vai uma frase de
cunho popular, contudo de sabedoria quem sabe, inigualável: "Mais vale apanhar do seu
pai, que da polícia". Por falar em educador, seu pai é o mais importante deles, aquele
que desde os seus primeiros passos até o último estará sempre a te chamar de pequeno
gafanhoto.
E quando começamos a criar asas e a tomar as próprias decisões, é quando vêm os desencontros.E
as brigas são mais recorrentes, e logo pensamos para que existe pai, se é só pra dar bronca.
Sentimos raiva, nos afastamos. Mas por fim sempre ouvimos "eu avisei...". Ah, se eu tivesse
26 aos 16 anos, jamais teria ouvido isso. E quando você se vê sozinho e percebe que seu pai
já não é mais a sua muleta, vc se lembra de tudo isso, junta, faz uma sopa e se delicia com
o sabor, o cheiro e a maravilha que foi ter passado por tudo isso. Pai é só alegria, só
felicidade. Aliás, a única infelicidade é não ser ou não ter um.

OBS: Pai, vou fazer uma tatuagem.

sábado, 21 de abril de 2012

Saltimbancos

Era uma vez uma garotinha, e sua primeira paixão foi um palhaço que brincava com seu amor. Anos mais tarde, se apaixonou pelo malabarista, que jogava os seus sentimentos para o alto e os embaralhava enquanto se divertia. Por último, tratou de gostar do mágico, que por sua vez, a enganava com truques e sempre escondia os seus segredos. 
Afinal de contas, o amor não está fácil para ninguém nessa vida de palco, plateia e espetáculos.

domingo, 15 de abril de 2012

Sampa


Alguma coisa acontece nesse quarteirão
E mais quando eu cruzo a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por ali, eu nada entendi
Da putas e crackeiro nos pontos de tuas esquinas
da deselegância indiscreta de tuas "meninas"

Ali só havia mendigo e travesti
As mina de silica na bunda e peitão
Alguma coisa acontece nesse quarteirão
Só sei que se for em São Paulo, não vá na São João

terça-feira, 15 de novembro de 2011

É impossível ser feliz sozinho. É?

Ninguém "é" feliz por toda a vida, "estamos" felizes por alguns momentos e acontecimentos distintos. E saber viver nem sempre significa viver feliz. Buscar conhecimento, reconhecimento, emprego e por conseguinte dinheiro, e muitas vezes em troca de alguns instantes de felicidade. Daí passamos a um regime de dependência, trabalhar pra ser feliz - causa e consequência, mas no fundo não nos damos conta que há algum tempo não se precisava de um para se ter o outro, assim como nos tempos de criança quando "ser" feliz não exigia grandes esforços e independia de alguém. E depois de muitas voltas e teimosias, acabamos percebendo que nunca foi necessário ter ido tão longe para encontrar felicidade, que esta pode ter estado inócua ao seu lado todo esse tempo, oculta em simples trajes, vestida apenas de simplicidade.

domingo, 6 de novembro de 2011

Da cana ao carro, do carro a cama (Paródia de "Da lama ao Caos - Chico Science & Nação Zumbi")

Aos desconhecedores, eis a versão original:



Da cana ao carro, do carro a cama
um hímen rasgado nunca me engana

Eu conheci uma menina que veio do "Rio"
Bebendo fui me chegando bem devagar
Depois de tanto amasso pra lá e pra cá
Entramos no carro até o "Fidji-zona sul"
Saiu do carro e virou "gabiru"

- Ô "Josué" eu nunca vi tamanha desgraça
quanto maior ela fica, mais isso me ameaça
Tirei minha roupa toda e segurei minha cenoura
Porque aquela "mocinha" caiu nela de boca
- Aê minha colega tenta relaxar aqui
desse jeito que tás eu não vou conseguir
E quando eu alcancei o alvo comecei a pensar
Que aquela donzelinha conseguiu me enganar
Que dizia que era virgem mas sabia o bê-a-bá
Que no buraco da gia ja morava preá!

Fontes: "Minha Cabeça ©" e Minha Discografia de Chico Science & Nação Zumbi

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Domingos-feira

Para que servem os domingos?
Acordar tarde de ressaca, estudar ou adiantar a monografia, ou quem sabe acordar cedo e ler um jornal deitado na rede, esperando a hora de ir visitar a avó justo na hora do almoço com aquela comida especial que vovó faz todo domingo. Ou então dia de ir a praia, andar de bicicleta, dar banho no cachorro, ou pra uns, dia de tomar banho; lavar o carro se fizer sol, enxugar o terraço caso chova.
Para as donas de casa e dia de ir a feira comprar e preparar-se para mais uma outra semana, enquanto homens jogam peladas nos campos suburbanos.
Para os mais jovens, cinema, boliche quiçá; aos namorados, almoço em família e "temperatura máxima" como sobremesa.
Levar seus filhos ao parque ou teatro e uma tarefa que cabe aos pais, enquanto se divertir fica por conta das crianças.
Aos solteiros, MSN; e os mais velhos, com toda sua experiência, apenas mais um domingo e talvez e seu ultimo. Aos fieis resta agradecer por mais uma semana e pedir proteção para a advinda.
E para mim? Apenas mais uma segunda feira, onde me acordo na mesma hora pela 7a vez na semana sem ressaca nem por vontade de ir ao banheiro, visto a roupa de briga e vou olhar os níveis de óleo.
E de pensar que um dia já pude fazer tudo isso que foi citado, lembro-me que tenho apenas 25 anos, e que há muita vida a me esperar.