domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Hoje é mais um dia comercial pra lembrar de alguém, nesse caso os pais. Claro, por que não
mostrar a eles todo dia o quanto o veneramos? Mas deixando isso de lado, penso haver um
ponto positivo nisso, é quando toda a família se reune excepcionalmente, deixando de lado
compromissos e causas adiáveis para então, estar pertinho daquele que foi o nosso primeiro
super-heroi.
Quem nunca, aos 4 anos, desenhou um super-heroi e o imaginou nele? E que nem Jaspion nem Power Rangers poderiam te salvar do monstro do armário, senão o super pai?
É, ele é super. Super babaca também. Já me deparei com cenas, que lembro terem acontecido
comigo. Dia dos índios na escola, 100 crianças todas igualmente vestidas, ou melhor,
caracterizadas, e aquele pai larga um "aquele ali é o meu filho". Ou fazê-lo vergonha por
coisas que dissemos por pura inocência.
E lembro mais de quando minha mãe nos alertava com um sonoro "quando seu pai chegar...",
só os mais sapecas saberão o peso daquelas palavras. Na escola a professora apelava em
última instância ao dizer que teria que chamar o meu pai pra uma reunião. Os dias que sucediam aquele eram os mais calmos daquela sala de aula. Quantas juras de amor escrevi, cantei, e contei ao meu pai? É, pai, o tempo voa.
Cresci um pouco mais e começaram as responsabilidades. As palavras começam a ter peso e algumas
atitudes passam a não ser mais tão toleradas. Chega a época dos castigos e das surras. Sim,
apanhar, como dizemos na capital. Perdoe-me todos os educadores, mas eu nunca fui espancado
e sou totalmente contra violência, mais ainda a infantil, a que é covarde. Mas vai uma frase de
cunho popular, contudo de sabedoria quem sabe, inigualável: "Mais vale apanhar do seu
pai, que da polícia". Por falar em educador, seu pai é o mais importante deles, aquele
que desde os seus primeiros passos até o último estará sempre a te chamar de pequeno
gafanhoto.
E quando começamos a criar asas e a tomar as próprias decisões, é quando vêm os desencontros.E
as brigas são mais recorrentes, e logo pensamos para que existe pai, se é só pra dar bronca.
Sentimos raiva, nos afastamos. Mas por fim sempre ouvimos "eu avisei...". Ah, se eu tivesse
26 aos 16 anos, jamais teria ouvido isso. E quando você se vê sozinho e percebe que seu pai
já não é mais a sua muleta, vc se lembra de tudo isso, junta, faz uma sopa e se delicia com
o sabor, o cheiro e a maravilha que foi ter passado por tudo isso. Pai é só alegria, só
felicidade. Aliás, a única infelicidade é não ser ou não ter um.

OBS: Pai, vou fazer uma tatuagem.