sábado, 28 de maio de 2011

Da arte de fazer graça (de graça).

Um peadento (ou piadista) não é saber contar piadas apenas. É enxergar tantos significados em coisas sutis sem que ninguém mais perceba. Rir sozinho, ser engraçaralho pra cadinho inoportunamente. Penetrar no íntimo e escuro do ser. Saber empétrepar bem sentenças inteiras com um sentido que só pessoas com tal característica conseguem.

É como trepar numa árvore de palavras e cúmelas de uma vez e deixar que se escorra pelo canto da boca sem fazer cara de nojo. É mais Juca Chaves que Costinha. Confundir a mente das pessoas e fazê-las confundir centavos novos com sentar nos ovos; saber apreciar a diferença entre a Grande Obra do Mestre Picasso com a Grande Pica de Aço do Mestre de Obra, e por fim ainda se achar artista.

Ser duvidado a cada vez que se tenta falar seriamente, ser gozado. Expor-se ao rídiculo e não ter vergonha da SVA (síndrome da vergonha alheia). Preometer cada minuto sem parar que não mais falará assim, e que daqui por diante vai dar mais duro. É correr o risco de sempre ter um ser acerebrado no caminho que dirá que suas piadas são estúpidas. E na verdade são, mas “é só para inteligentes", e não me peça para explicar.

Ser ativo e ter sempre um textículo com palavras cabeludas pronto para cada ocasião e enfiá-los goela abaixo dos passivos - ouvintes - , afinal, nunca saberemos quando e onde podemos precisá-los.

Eu seios que não será fácil, afinal é para isso que nos excecitamos todo dia!

Um comentário:

Quebra Rotina disse...

Começou com trocadilhos bobos e duplos sentidos, como sempre. Mas, para um iniciante no negócio, a coisa está até boazinha... Hahaha, o pior de tudo é que nada disso que eu falei é mentira, mas o danado é que tuas ideias e esperteza chamam a atenção de qualquer indivíduo adepto à "sacanagem". Espero que isso aqui decole, mas como um piadeiro que você é (e espero que a "dupra" de dois seja também) vai ser facim, facim! E não esqueçam: a arte de fazer graça faz um dinheirão... Sorte nessa empreitada, bando de ser humano metido a escritor e jornalista (este pode, já que o diploma foi por água abaixo, né...)!

Ana Luíza Madeiro